13 mil postos de trabalho foram fechados pelos bancos durante a pandemia
Entre março de 2020 e fevereiro de 2021 os bancos fecharam mais de 13 mil postos de trabalho em plena pandemia da Covid-19.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2021 o saldo do emprego foi positivo somente nos meses de janeiro, fevereiro, março e maio de 2020.
Ao contrário do setor financeiro em geral que, excetuando os bancos, gerou 14.431 empregos entre março de 2020 e fevereiro de 2021, o setor bancário apresentou números negativos. Na geração de empregos do setor financeiro há de se destacar o crédito cooperativo (3.749 novas vagas), administração de cartões de crédito (3.112), holdings de instituições não financeiras (2.490) e planos de saúde (2.198).
O setor bancário continua apresentando lucros extraordinários e, apesar de no início da pandemia os bancos terem se comprometido a não demitir, o acordo durou apenas alguns meses e desde então milhares de trabalhadores e trabalhadoras perderam seus empregos.
Nos últimos doze meses ocorreram 17.952 admissões e 31.023 desligamentos no setor bancário, com os piores saldos negativos registrados nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Acre e Pará foram os únicos estados que apresentaram números positivos de emprego.
Outro dado triste do Caged está relacionado a morte dos bancários. Antes da pandemia, em janeiro e fevereiro de 2020, foram registradas 28 mortes de bancários. Já nos dois primeiros meses deste ano, o número chegou a 70 falecimentos.
Com relação aos desligamentos, eles atingiram em maior quantidade as mulheres, com 7.607 demissões. Já entre os homens o saldo negativo foi de 5.464.
A faixa etária que mais registrou desligamentos foi entre 50 e 64 anos. Já o salário médio de quem foi admitido foi de R$ 4.880,38, enquanto que a média dos desligados era de R$ 5.617,97.