Campanha Salarial 2020: CONTEC e Caixa Federal reuniram-se mais uma vez para debater a pauta de reivindicações dos empregados

Reunida mais uma vez nesta quarta-feira (19), a Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN/Contec, em videoconferência, com os representantes da Caixa Econômica Federal debateram a pauta de reivindicações dos empregados nesta Campanha Salarial.

 

Na ocasião, estiveram na pauta os temas: Saúde Caixa e Cláusulas pendentes de respostas pela Comissão Caixa.

 

INTERVALO PARA ALMOÇO 

A Caixa trouxe a mesa proposta para o intervalo de almoço para os empregados que cumprem a jornada de 8 horas, de forma que este intervalo possa ser de 30 minutos até 2 horas. No caso, a Comissão da Empresa esclareceu que o empregado poderá aumentar ou reduzir o seu intervalo, conforme as suas peculiaridades. A proposta foi norteada por avaliações e pesquisas apresentadas pela Caixa.

 

PARCELAMENTO DE FÉRIAS

A Caixa também propôs o parcelamento de férias em até 3 períodos. Sendo o primeiro, não inferior a 14 dias e os outros dois não inferior a 5 dias.  A Comissão entende que a proposta atende grande parte dos empregados, mas deixou claro que a opção deverá ser exclusiva do empregado e não do gestor.

 

BANCO DE HORAS  

A Caixa apresentou uma nova proposta para o Banco de Horas. Na proposta, a Caixa informou que o trabalho aos sábados e domingos seriam remunerados integralmente.  Quanto às horas-extras praticadas durante a semana, a compensação se daria num prazo de até 12 meses, podendo alcançar no máximo 120 horas para jornada de 6 horas ou 160 horas para jornada de 8 horas registradas no banco de horas.

 

Segundo a Caixa, a intenção é que o empregado possa usufruir desta compensação quando houver necessidade, seja na complementação de férias, no acompanhamento de alguém da família por motivos de saúde, dentre outros motivos.

 

Para a Comissão dos Empregados CEBNN/CONTEC, o empregado quando executa horas extras, espera por uma compensação financeira.  Avalia que a proposta traz um prazo muito longo para compensação e um acúmulo grande de horas no banco, sem que haja nenhuma retribuição financeira.

 

Para a Comissão, a proposta precisa levar em consideração também a parte financeira diante da dedicação do empregado, bem como a redução do prazo, não deixando somente por conta do gestor a marcação da folga/compensação, que já vem ocorrendo nos dias atuais.

 

SAÚDE CAIXA

A Comissão Caixa apresentou detalhadamente dados relevantes sobre o Saúde Caixa.  Alegou, por meio de dados apresentados, o atual custeio do programa, ou seja, 70% empresa  x  30% empregados, com a coparticipação nos procedimentos de 20% dos empregados mais o teto por grupo familiar de R$ 2.400,00. O que vem gerando déficits sucessivos desde 2016, os quais vem sendo cobertos pela Caixa.

 

Somado a isto, com a implantação do limitador de 6,5% sobre a folha de pagamento a partir de 2021, previsto no estatuto da empresa, decorrente de resolução CGPAR, a empresa alegou que este teto foi fator preponderante para o enquadramento da Caixa no Acordo de Basiléia, de forma que fosse possível manter suas operações de crédito.

 

Para a Comissão dos empregados, a construção de um novo modelo que vise custear e manter a sustentabilidade do plano deve ser discutida com muito critério e um prazo exequível para encontrar o melhor equilíbrio dentro dos princípios do plano e de forma permitir o acesso e permanência de todos.

 

A Comissão Caixa trouxe também, após a apresentação, algumas propostas de custeio para adequar o plano de saúde ao novo limitador.  Na sua apresentação, fez um paralelo com outros planos e como eram o custeio da parte dos empregados.  Nestes estudos e propostas a Caixa leva em consideração várias determinantes e opções, tais como: Estudo por faixa etária, renda e dependentes. Propõe ainda uma coparticipação de 30% ao invés dos 20% atuais e aumento do teto.

 

Apesar de ficar claro para a Comissão dos Empregados que as propostas ainda são fruto de diálogo com os empregados, a CBNN/CONTEC manifestou que os estudos de custeio apresentados pela Caixa não contemplam os empregados.  Será preciso muito dialogo e estudos para que se alcance uma solução que não inviabilize a permanência no plano de nenhum empregado, seja ativo ou aposentado.  Para a Comissão CONTEC a revisão se faz necessária, mas entende que deva ser de forma gradativa e plausível.

 

Outra situação colocada em mesa pelos representantes dos empregados foi a ausência dos novos empregados no plano de saúde. Segundo a Comissão Caixa, uma nova forma de custeio possibilitaria a inclusão destes novos empregados, admitidos após 31 de agosto de 2018.

 

A discussão do tema terá continuidade na próxima reunião, onde se espera que a Caixa demonstre maior comprometimento com a saúde dos empregados, verdadeiro patrimônio desta empresa.

 

PRÓXIMA REUNIÃO  

Nova reunião foi agendada para o dia 24 de agosto, no período da tarde, quando continuarão os debates sobre o Saúde Caixa.

 

Fonte: CONTEC