Caixa amplia a distribuição de deltas, mas mantém como único critério a GDP

Nesta quinta-feira (9), bancários da Caixa participaram da reunião do Grupo de Trabalho de Promoção por Mérito, que teve como objetivo a apresentação da proposta que amplia a distribuição de deltas. Apesar da proposta contemplar com um delta mais de 90% dos empregados, a GDP foi mantida como critério de avaliação.

“Pela proposta a empresa daria um delta a todos os empregados que tivessem classificação igual ou superior a baixo desempenho na GDP. Isso na prática exclui do primeiro delta os empregados com desempenho “não atende” e pelas projeções apresentadas, 94,3% dos empregados teriam acesso a pelo menos um delta. Os empregados com desempenho excepcional receberiam o segundo delta”, explica o representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul no GT (Grupo de Trabalho), Marcelo Lopes de Lima.

Para a representação, a proposta avança no sentido de inclusão, mas regride com relação aos problemas trazidos com a GDP, uma sistemática que não foi discutida com os empregados e vista muito mais como um instrumento de assédio do que como uma ferramenta de avaliação de desempenho.

A proposta será discutida pelos representantes dos empregados no GT junto com a comissão de empresa.

“Temos muitas críticas a GDP. Primeiro porque ela não foi discutida. Segundo porque não tem uniformidade e transparência e pela própria Caixa é vista como um instrumento inacabado, pois a curva forçada é uma prática para educar os gestores a serem mais rigorosos nas suas metas e avaliações. Com todos esses problemas temos muita dificuldade em aceitar o uso exclusivo dela em uma sistemática que deveria ser construída pelo GT”, destaca o representante da Federação.

Fonte: Federação dos Bancários de SP e MS