Campanha Salarial: Saúde e condições de trabalho pautam 4ª rodada de negociação do Santander

Na quarta mesa de negociação entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e a direção do banco, realizada na sexta-feira (9/8), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, foram discutidas questões relacionadas à saúde e às condições de trabalho dos empregados.

O encontro, que integra o calendário de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), no âmbito da Campanha Nacional da categoria, debateu as cláusulas 17, 22, 24 e 25, que tratam, respectivamente, da prioridade do teletrabalho e abono de atrasos para empregados com deficiência ou neurodivergentes; teletrabalho e trabalho externo; prevenção de riscos; e direitos digitais e desconexão.

“Entre as principais demandas apresentadas nesta rodada, destaca-se o trabalho remoto e nossa insistência para que o banco assegure todas as ferramentas necessárias, algumas básicas como notebook, celular e internet, para que o bancário possa realizar o trabalho com o mínimo de conforto”, conta a diretora do Sindicato dos Bancários de Campinas, Patrícia Bassanin, que representou a Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) no COE.

A COE pede que empregados com deficiência, conforme definido por lei, tenham prioridade na transição para o teletrabalho ou trabalho remoto. A comissão defende também que qualquer recusa por parte do banco seja devidamente justificada.

“Outra cláusula importante e relacionada à saúde que debatemos é para que o banco tenha um olhar mais atento aos portadores de deficiências e neurodivergentes, e que contemple também os pais com filhos que necessitem de maior cuidado, caso não estejam no teletrabalho, com redução da carga horária para quem não faz home office, por exemplo”, destacou a representante.

Além disso, foi solicitada a criação de um Grupo de Trabalho para prevenção de riscos laborais e a regulamentação do direito à desconexão, incluindo a proibição do uso de dispositivos corporativos fora do expediente.

O banco se comprometeu a responder às demandas entre os dias 22 e 23 de agosto. “Esperávamos uma devolutiva já nesta mesa, o que não ocorreu. Desta forma, o banco se comprometeu a nos responder sobre tudo o que já foi colocado até agora nos dias 22 e 23. Nestas datas, iremos exigir o fim das terceirizações, que é uma prioridade nossa, e iniciar a discussão sobre as cláusulas econômicas”, finaliza Patrícia.

Fonte: Federação dos Bancários de SP e MS – Colaboração: Sindicato dos Bancários de Campinas
Foto: Contraf-CUT