Nova rodada de negociação com BB sobre incorporados da Nossa Caixa frustra bancários e seus representantes

A Federação dos Bancários dos Estados de SP/MS participou na última quinta-feira (17) ao lado dos sindicatos, da Fetec SP, da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) e do Banco do Brasil, do processo de negociação sobre os bancos incorporados, iniciado no último dia 1º.

As pendências com o Banco Nossa Caixa/BNC foram priorizadas pela mesa. A pauta tratou sobre isonomia, principalmente no que se refere aos planos de saúde e previdência. Os representantes do BB não apresentaram nenhuma contraproposta às reivindicações encaminhadas no início do mês de outubro.

Já o movimento sindical solicitou novamente a suspensão do reajuste dos planos de saúde (Feas) do Economus, que passa de 8% para 15,95% a partir de 1° de janeiro de 2021, e do novo plano Economus Futuro. De acordo com Elisa Ferreira, representante da Feeb SP/MS na CEBB, “o novo plano tem as mesmas características de qualquer plano oferecido pelo mercado, uma vez que não tem nenhuma contrapartida do banco e nenhum aporte de qualquer fundo, como era o Feas”, explica.
A discussão também foi acompanhada pelo presidente da Feeb Jeferson Boava e pelo vice-presidente Davi Zaia.

Orientação
O Economus já abriu a fase de pré-adesão ao novo plano. A Federação orienta que neste momento a melhor opção é esperar o resultado do processo de negociação.

De acordo com a Feeb, o melhor caminho é a via negocial, uma vez que existem sérios problemas no modelo apresentado, principalmente no que diz respeito ao novo Feas. “É preciso caminharmos para a negociação. As propostas apresentadas pelos representantes dos bancários são viáveis”, pontua.

Durante a reunião, a representação dos bancários solicitou números relativos ao Economus, bem como a quantidade de associados da ativa e ainda informações sobre aposentados, dependentes, faixas etárias, faixas de remuneração, cálculos atuariais, custo para o Banco, entre outros. “São informações fundamentais para subsidiar o processo de negociação. A melhor saída para a construção de alternativas que contemplem os anseios dos funcionários/associados. Uma posição que adotamos desde 2009, quando o BB incorporou o BNC”, explica Elisa.

Pauta:
– Cassi e Previ para todos os funcionários egressos de bancos incorporados.
– Considerar, para todos os efeitos, o tempo de serviço e o histórico profissional dos funcionários egressos do Banco Nossa Caixa, desde sua posse naquela instituição, principalmente para pontuação nos sistemas de concorrências internas do Banco para ascensão profissional (TAO).
– Isonomia de direitos e benefícios, inclusive quanto ao pagamento de PLR, programas próprios de remuneração variável e outras premiações internas do Banco, e quanto aos sistemas de concorrência e promoção internas no Banco do Brasil, principalmente para os bancários egressos da Nossa Caixa que não aderiam ao Regulamento de Pessoal do BB.
– Assegurar o direito à utilização das garantias contidas nas Cláusulas 38º PAS Auxílio, Auxílio Funeral e Adiantamentos do Acordo Coletivo de Trabalho BB para todos os funcionários egressos do Banco Nossa Caixa, notadamente àqueles que não aderiam ao Regulamento de Pessoal do BB.
– Assegurar o direito de migração para Cassi de todos os funcionários do BB egressos do Banco Nossa Caixa e/ou afiliados ao Economus, sejam funcionários da ativa ou todos os aposentados, na mesma forma do regulamento atual da Cassi, retroagindo para cômputo dos direitos estatutários desde a incorporação dos funcionários egressos em 12/2009.
– Efetuar a migração de todos os planos de previdência do Economus (A, B, C e PrevMais) para administração da Previ, respeitados seus respectivos estatutos atuais vigentes, no melhor formato que vise atingir a segurança financeira e previdenciária dos bancários egressos do Banco Nossa Caixa.

Fonte: Federação dos Bancários de SP e MS