Nova reunião com o Mercantil do Brasil debateu as demissões

Após o Banco Mercantil do Brasil anunciar o fechamento de plataformas de serviços em Brasília, Recife e Salvador, o movimento sindical reuniu-se com o banco na última sexta-feira (18) para debater o assunto. Na ocasião, foi reivindicada a realocação dos funcionários que trabalham nessas plataformas, evitando-se assim a demissão de trabalhadores, que já atingiram o número de dezoito.

A reunião terminou em impasse e um novo encontro com o banco aconteceu nesta terça-feira (22/09) para a retomada das discussões. Como o banco está irredutível em reverter as demissões, os sindicatos reivindicaram então a adesão voluntária à cláusula 62 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que trata da requalificação e realocação de funcionários, visando seu aprimoramento técnico. A aplicação da cláusula depende da adesão do banco ao instrumento e só pode ser aplicada em casos de reestruturações, encerramento de atividades ou mudanças de locais.

O MB justificou sua recusa em reverter as demissões alegando que as plataformas apresentavam baixo retorno financeiro e que o foco do banco são as praças em que venceu os leilões do pagamento de benefícios do INSS.

Além de se recusar a aderir à cláusula 62 da CCT, o banco afirmou ainda que demissões pontuais poderão ocorrer na rede de agências. Diante disso, foi feita uma nova reivindicação ao banco. Em junho deste ano foi assinado um acordo proposto pelo Ministério Público do Trabalho de MG, que concedeu aos funcionários demitidos pelo Mercantil do Brasil uma série de benefícios, como uma indenização adicional de R$ 3.500,00 paga da seguinte maneira: R$ 2.500,00 através de crédito em conta e R$ 1.000,00 creditados no cartão da cesta alimentação. O acordo previa também o pagamento de R$ 2.000,00 a título de requalificação profissional, mediante apresentação da nota fiscal relativa ao curso escolhido pelo trabalhador. A ampliação da utilização dos planos de saúde e odontológico por mais seis meses além do previsto na CCT também estava previsto no acordo assinado com o MPT/MG.

O banco dará uma resposta a esta reivindicação ainda nesta semana.