Compensação das horas negativas no Santander gera impasse

Em virtude da pandemia, cerca de 700 funcionários do Santander acumulavam horas negativas até abril deste ano pelo fato de não conseguirem exercer suas atividades em home office. De acordo com o banco, deste total, em torno de 100 trabalhadores já acumulam mais de mil horas negativas.

Em setembro do ano passado foi assinado um acordo coletivo que tratava do banco de horas negativas. O acordo foi renovado em janeiro deste ano e em abril deveria ter ocorrido sua renovação novamente. Até então, o acordo impedia a compensação das horas nos finais de semana, cláusula que o Santander quis retirar do acordo como condição para renovar o instrumento.

Diante disso, o movimento sindical solicitou ao banco a relação dos bancários com horas negativas e também reivindicou que fossem encontradas funções em home office para estes funcionários. As conversas com o Santander não evoluíram porque o banco se negou a apresentar a relação, pois de posse dos dados os sindicatos poderiam contatar esses trabalhadores para melhor entender a situação de cada um deles.

Diante do impasse, o Ministério Público do Trabalho convocou o Santander e o movimento sindical para uma mediação para tratar da questão. Entre os meses de junho e julho ocorreram várias reuniões entre as partes, porém sem avanços, porque novamente o banco reiterou sua posição em não informar a relação dos funcionários com horas negativas. Da mediação, o banco assumiu o compromisso de intermediar a relação entre os sindicatos e os bancários.

Assim, entre os dias 5 e 10 de agosto os funcionários com horas negativas receberão um comunicado sobre o tema e caso tenham alguma dúvida, entrem em contato com o sindicato para obterem os devidos esclarecimentos.