BB não atende reivindicação e mantém retorno ao trabalho presencial do grupo de risco

Uma nova reunião entre a CONTEC e o Banco do Brasil aconteceu na manhã desta quarta-feira (25) para dar prosseguimento aos debates a respeito do retorno ao trabalho presencial, horas negativas e descomissionamentos.

No encontro da semana passada, a CONTEC já havia reivindicado a suspensão do retorno ao trabalho presencial do grupo de risco, pois os casos de Covid-19 voltaram a crescer em todo o país e os cuidados com a saúde deste grupo requer muita atenção neste momento. O Banco do Brasil não se sensibilizou com o pedido das entidades sindicais e reafirmou que o prazo para o retorno foi iniciado na última segunda-feira (23) e será finalizado no dia 6 de junho.

Sobre as horas negativas, a CONTEC novamente externou sua preocupação com o fato de muitos funcionários já terem alertado que, mesmo dentro do prazo de 18 meses para a compensação das horas acumuladas, não será possível zerar o saldo e por consequência sofrerem desconto no salário das horas não compensadas. A CONTEC reivindica que ao final do período previsto para a compensação, as horas negativas não compensadas sejam abonadas.

O Banco do Brasil reconhece a existência de alguns casos críticos de horas acumuladas e salientou que muitos funcionários já iniciaram a compensação antes do fim da ESPIN (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) e que por isso, os casos de não compensação dentro do prazo serão atenuados.

Durante o período de compensação das horas negativas, a CONTEC e o BB farão avaliações periódicas de todo o processo. Na terça-feira (31/05) o banco voltará a se reunir com a CONTEC para apresentar os dados atualizados das horas negativas acumuladas durante a pandemia.

A reivindicação da CONTEC de excluir o período da pandemia do ciclo de avaliações da GDP também foi negada pelo BB. A pandemia fragilizou a saúde mental de milhares de pessoas, quer seja pelo confinamento como também pela perda de entes queridos e isso acabou se refletindo no desempenho profissional dos trabalhadores.

O banco alegou que, à exceção dos primeiros gestores, são necessários três ciclos de avaliação insatisfatórios para o descomissionamento, conforme previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e garantiu que não acontecerão descomissionamentos em massa. Caso sejam detectados excessos ou situações anormais, os representantes do banco solicitaram aos sindicatos que informem os casos para análise na DIPES.

Rogério Marques, diretor do sindicato, participou da reunião com o BB.