COE CONTEC/Itaú reúne-se com representantes do banco

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) Itaú, esteve reunida presencialmente na última quinta-feira (23), em João Pessoa/PB, com representantes do banco para discutir diversos assuntos de interesse dos trabalhadores.

A pauta foi definida em conjunto com a Relações Sindicais do banco e foram abordados os seguintes temas:

– Acordos pendentes de renovação: Teletrabalho; Sistema Alternativo de Jornada de Trabalho e Termo de Quitação das Anotações de Registro de Ponto Eletrônico e Horas Extras (três em um); Auxílio-Educação e Participação Complementar nos Resultados (PCR).

O banco concluiu nova redação para o acordo do Teletrabalho, Sistema Alternativo de Jornada de Trabalho e Termo de Quitação das Anotações de Registro de Ponto Eletrônico e Horas Extras.
As minutas dos referidos acordos serão disponibilizadas em breve para avaliação das bases. O banco se colocou à disposição para esclarecimentos sobre os acordos pendentes;

– PDV: não há previsão para um PDV.

– GERA: o programa de remuneração variável adotada atualmente pelo banco possui falhas. Os dirigentes sindicais apontaram diversos problemas quanto ao cumprimento de metas, entre eles o ajuste das mesmas quando o colaborador entra em férias. Há casos em que há o aumento do pacote dos produtos, o que não deveria acontecer, conforme regras do próprio programa. Outro assunto correlato é a forma desumana como alguns gestores cobram o atingimento de metas. Várias denúncias de assédio foram relatadas na reunião.

O banco assumiu o compromisso de analisar todos os casos que foram informados. Segundo os representantes de Relações Sindicais, esse tipo de conduta não deve ocorrer e os casos apontados serão devidamente apurados em conjunto com canais institucionais do banco.

Ainda, a COE CONTEC sugeriu ao banco que fosse criado um curso preparatório para gestores. Afinal, o banco é feito por pessoas e por essa razão todas devem estar preparadas para uma gestão saudável e respeitável no ambiente de trabalho;

– Fechamento de agências: o banco informou que o processo de fechamento de agências é estratégico e que segue as tendências do mercado financeiro.
Representantes do banco disseram que as agências físicas são necessárias e têm seu público e por isso vão continuar a existir;

– Demissões de funcionários egressos do Banestado: vários funcionários do extinto Banestado estão sendo demitidos sem justa causa por meio de processo disciplinar administrativo.

O banco alegou que de fato há demissões de funcionários, mas o número não é o apresentado pelo movimento sindical. Segundo Romualdo Garbos, gerente de Relações Sindicais, existem em torno de treze processos disciplinares em andamento para apuração de desvio de conduta.

Marina, que representa o banco, informou que os casos em que os processos disciplinares que precedem as demissões são referentes a decisões judiciais de reintegração que transitaram em julgado. Atualmente, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) entende que não há mais obrigatoriedade de instaurar o processo disciplinar para posterior demissão.

– Telemedicina: o banco informou que está disponível para todos os funcionários o programa de telemedicina.

– Assédio sexual e violência contra a mulher: A COE cobrou do banco a agilidade no tratamento e acompanhamento dos casos de violência contra a mulher, as quais estão dispostas nas cláusulas 48 e seguintes da CCT vigente.
O banco informou que vem cumprindo o que está na Convenção Coletiva de Trabalho, dando apoio e condições de trabalho para a vítima de assédio e violência doméstica.

Marina exemplificou que o banco dispensa cuidados especiais nesses casos e que inclusive a pedido, pode transferir a funcionária;

– Certificação profissional: Os sindicatos estão recebendo diversas denúncias sobre o assédio sofrido por gestores para a obtenção do certificado profissional. É sabido que desde 2018 o banco vem exigindo a seus funcionários o CPA-10. O banco concedeu o prazo de 90 dias para quem prestou a prova, mas não foi aprovado. Para aqueles que não prestaram o exame e não justificaram, o banco emitiu advertência disciplinar, concedendo 60 dias para a aprovação.

O CPA é uma exigência do BACEN para os profissionais que atuam na comercialização de produtos e aplicações financeiras, portanto é imprescindível que os funcionários que ainda não possuam a certificação, o façam o mais breve possível.

A CONTEC foi representada por seu presidente, Lourenço do Prado, que fez uso da palavra e ratificou a importância do envolvimento do movimento sindical nas questões que envolvem as condições de trabalho e saúde dos funcionários.

O banco foi representado por Romualdo Garbos, Gustavo Barbosa, Marina Madeira e Carlos Alberto dos Santos Sobrinho.

Com informações da CONTEC