Novo formato de atendimento do Itaú é questionado pelos sindicatos

Em reunião nesta quarta-feira, 08, a Comissão de Organização dos Empregados do Itaú (COE-Itaú) voltou a discutir com o banco a transformação de alguns caixas em agentes de negócios, novo formato de atendimento que começou a ser testado em julho, em São Paulo.

Durante a videoconferência, a Comissão reivindicou ao banco que todos os caixas sem a CPA-10 tenham a mesma oportunidade de fazer a Certificação, com a possibilidade do banco arcar com os custos.

De acordo com o Itaú, atualmente são 10.050 caixas em todo o Brasil. Destes, 55% já tem a Certificação Profissional ANBIMA – Série 10 (CPA-10), exigência mínima para a alteração.

A COE Itaú questionou, também, o futuro do programa AGIR, ligado à remuneração variável dos funcionários do Itaú e o Trilhas de Carreira, mecanismo de avaliação trimestral dos caixas, para os funcionários que mudarem de cargo.

O banco se comprometeu a responder às reivindicações na próxima reunião e garantiu que não terá prejuízo quanto à remuneração dos caixas.

Além destas, a COE levantou ainda a pauta do home office e de acordo com o banco, a modalidade permanece até o dia 2 de setembro. Antes disso, deve haver nova discussão sobre o assunto. O Itaú destacou também que não haverá mais fechamento de agências. E com relação à cláusula 29 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), o banco garantiu estar cumprindo-a. A cláusula refere-se à complementação do salário de quem já tem a concessão do benefício e o adiantamento do salário para quem ainda aguarda a perícia.

A Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul participou do encontro representada pelo Secretário Geral, Reginaldo Breda.

“Foi importante para reafirmarmos nossas reivindicações. O novo modelo de atendimento tem gerado questionamentos por parte dos bancários. Acredito ser o momento, enquanto representação dos empregados do Itaú, de abordarmos estes temas e lutarmos pela garantia dos benefícios do bancário, tanto na questão da remuneração, como na questão da saúde”, destaca Breda.

Fonte: Federação dos Bancários de SP e MS