Campanha Nacional: Combate ao assedio moral volta a ser negociado com a Fenaban

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu com a Federação Nacional dos Bancos nesta segunda-feira (15), para mais uma negociação. O combate ao assédio moral foi novamente tema do debate. Apesar de mais uma vez os bancos negarem que a causa do adoecimento está relacionada à cobrança excessiva de metas, dados de pesquisa realizada pelos próprios recursos humanos dos bancos comprovam que a categoria bancária é a que mais adoece.

Após pressão do Comando Nacional, os bancos se comprometeram a apresentar proposta ainda nesta semana.

“As queixas estão relacionadas diretamente ao estabelecimento de metas inatingíveis e às cobranças abusivas por parte dos bancos. É grave o tema de adoecimento mental e físico dos bancários quando comparado a outras categorias”, explica Reginaldo Breda, secretário Geral da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Os representantes da categoria também levantaram dados da Consulta Nacional respondida em 2022 por mais de 35 mil bancários. De acordo com as respostas, 77% apontaram que a cobrança excessiva pelo cumprimento de metas causa cansaço, fadiga e preocupação constante; outros 54% responderam que causa desmotivação, vontade de não ir trabalhar, medo de estourar; 51% relacionaram a tensão à dor, formigamento nos ombros, braços ou mãos e 44% apontaram crise de ansiedade e pânico. Veja o gráfico.

A pauta voltará a ser discutida na próxima rodada de negociação, programada para quinta-feira (18).

Revisão Cláusulas de Teletrabalho

O Comando Nacional também tratou sobre a redação de cláusulas de teletrabalho, tema discutido na semana passada. A Fenaban analisará as observações feitas pelo Comando Nacional dos Bancários e enviará nova proposta sobre o tema.

Fonte: Federação dos Bancários de SP e MS