Saúde Caixa: Ainda sem solução para o custeio, negociações prosseguem na próxima semana

Nesta quinta-feira (16) o movimento sindical voltou a se reunir com a Caixa Federal para prosseguir as discussões sobre o Saúde Caixa. O encontro aconteceu em São Paulo.

A Caixa Federal apresentou algumas projeções para o plano, que apontam para um déficit de R$ 422 milhões para este ano e de aproximadamente R$ 660 milhões para 2024. O Acordo Coletivo prevê que em caso de déficit no plano de saúde, a Caixa e os empregados terão que arcar com o saldo negativo. Porém, a Caixa já atingiu o limite de custeio imposto pela alteração estatutária de 2017, que prevê um teto de gastos de 6,5% da folha de pagamento, ou seja, o déficit deveria ser coberto exclusivamente pelos trabalhadores.

Sem uma solução para o problema, os titulares irão pagar 4,18 parcelas extras para o plano de saúde, elevando o gasto a patamares bastante elevados. Uma eventual judicialização da questão poderia também não trazer uma decisão favorável aos trabalhadores.

Na reunião da semana passada, a Caixa apresentou uma proposta visando solucionar o déficit de 2024, aumentando a contribuição do titular para 4%. A proposta foi rejeitada pelos representantes dos empregados.

Já na reunião de ontem, a Caixa propôs manter a contribuição em 3,5% para o titular e R$ 450,00 por dependente, com teto de 10% do salário.

Em reuniões anteriores, a Caixa se comprometeu a incorporar as despesas de pessoal até 2023, retroativa a 2021 e também para os próximos anos. Com essa medida, o déficit será reduzido em R$ 177 milhões. Considerando a utilização das reservas técnicas e de contingência, o déficit de 2023 fica zerado.

Uma nova reunião irá acontecer no dia 22 de novembro.